Quando pensamos na
realização sistematizada de exercícios físicos em pacientes com patologias
crônicas, o aumento no rendimento esportivo e os benefícios estéticos tornam-se
secundários. O principal objetivo deve ser a redução dos sintomas. Por efeito, ocorrem
significativas melhoras no prognóstico da doença e qualidade de vida.
Este feito não se restringe
a oncologia – propósito deste site – mas também a inúmeras doenças consideradas
crônicas. Com o objetivo de lista-las e orientar na prática de exercícios, em
Dezembro do ano passado, a pesquisadora B. K. Pedersen, da Universidade de Copenhagen,
publicou artigo onde revisou a literatura científica sobre este assunto em 26
doenças crônicas, fornecendo ao leitor conselhos sobre a prescrição de
exercícios quanto ao tipo e dose ideais.
Cabeçalho do artigo citado |
As doenças foram divididas
em: Psiquiátricas (depressão, ansiedade, stress e esquizofrenia), Neurológicas
(demência, mal de Parkinson e esclerose múltipla), Metabólicas (obesidade, hiperglicemia,
síndrome metabólica e do ovário policístico, diabetes do Tipo 1 e 2),
Cardiovasculares (apoplexia cerebral, hipertensão, doença coronariana,
insuficiência cardíaca e claudicação intermitente), Pulmonares (doença pulmonar
obstrutiva crônica, asma e fibrose cística), Musculoesqueléticas (osteoartrite,
osteoporose, lombalgia e artrite reumatoide) e Câncer.
Em um texto de fácil
leitura, são descritas as patologias, as evidências científicas a respeito do
efeito do exercício, possíveis mecanismos envolvidos, tipos de treinamentos e
suas contraindicações. A autora conclui que, nas doenças listadas, o exercício
pode ser mais efetivo do que o tratamento convencional (medicamentoso) e que
deve ser considerado como estratégia primária em sua terapêutica; além disso, é
importante que a sociedade em geral apoie um estilo de vida fisicamente mais ativo.
As pessoas não se movem mesmo quando são orientadas para tal. As pessoas se
movem quando o contexto obriga-as a fazê-lo. A fim de aumentar o nível de
atividade física de uma população, a acessibilidade e o estímulo são importantes.
Neste sentido, é crucial ter
profissionais da área de saúde que conheçam estas patologias e a sua interação
com o exercício físico, para que a prescrição de exercícios torne-se eficaz e
segura. Esta revisão é um bom começo para quem quer se aprofundar no assunto.
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Até a próxima...
Rodrigo Ferraz
Para
saber mais
Pedersen, B. K., and B. Saltin. "Exercise as
medicine–evidence for prescribing exercise as therapy in 26 different chronic
diseases."Scandinavian journal of medicine & science in sports 25.S3 (2015): 1-72.
Link do artigo (PDF
gratuíto):
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