13 novembro, 2015

Exercício e câncer - recomendações de segurança e dicas de prescrição


Tanto as intervenções cirúrgicas, de radiação e de compostos quimioterápicos quanto o tipo e a localização do câncer provocam sequelas regionais e sistêmicas que interferem diretamente na realização dos exercícios físicos. Neste sentido, para a prática segura e eficiente é importante considerar algumas circunstâncias em sua prescrição:

ü  Quem deve liberar o paciente para a prática de atividade física é o médico responsável pelo tratamento.

ü  A realização de exames periódicos de função cardiorespiratória deve ser obrigatória. Principalmente aos pacientes que usam drogas que afetam negativamente esta função e que possuem um quadro de risco às doenças relacionadas.

ü  Não praticar atividade física com contagem de glóbulos vermelhos baixas.

ü  No caso de neuropatias, caminhar na esteira não é recomendado, assim como realizar exercícios em superfícies instáveis. Quanto mais estável for a base do exercício, menor será o risco de queda ao paciente.

ü  Restrições ou dores articulares causadas pelo tratamento e/ou localização do câncer devem ser considerados na escolha do exercício.

ü  Não treinar nos dias de ocorrência intensa de vômitos e diarreia.

ü  Caso a contagem de glóbulos brancos do paciente encontre-se baixa, deve-se evitar a realização de exercícios em locais públicos.

ü  Na condição de uso do cateter ou sonda alimentar, evitar atividades aquáticas, bem como a realização de movimentos que envolvem a região onde a sonda está inserida.

ü  Outra consideração ao uso da piscina: pessoas que estão recebendo tratamento radioterápico, para evitar possíveis irritações de pele, evitar o contato da área afetada com o cloro.

ü  Não realizar exercícios nos dias de extrema fadiga. Aconselha-se, neste caso, procurar o médico responsável e verificar as causas deste quadro.

As evidências científicas fornecem um suporte decisivo na prescrição de exercícios à esta população. Adicionalmente, é preciso considerar a singularidade de cada paciente, compreendendo quais são as suas reais necessidades, expectativas e limitações. Respeitar seu estado físico atual, assim como o histórico esportivo, tipo de câncer e de tratamento faz com que o treinamento realmente se torne seguro, tolerável e eficaz. Para tanto, o profissional responsável precisa ser criterioso e estar bem atualizado na área de exercício e câncer.

Até a próxima

Rodrigo Ferraz

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